“O Estado é a negação da humanidade!”
Mikhail Bakunin, principal expoente do anarquismo
A política neoliberal implantada no começo da década de 1990 nos países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento - onde se inclui o Brasil - como parte de um “acordo” entre os países ricos do chamado 1º mundo e de organizações financeiras internacionais, desmantelou toda a estrutura e o funcionamento dos serviços sociais que até então existiam ou funcionavam de alguma forma.
Desobrigou-se então o Estado, com o consentimento dos governos de direita que se elegeram desse período, de dar a devida atenção a setores que eram de sua responsabilidade como saúde, educação, segurança, etc. Em outros termos a nova ordem é a de que se o cidadão deseja ter alguns desses serviços ele deve arcar com a sua despesa, pagando o seu devido preço a uma empresa privada que o preste.
Se então o Estado não garante mais nenhum serviço de qualidade, até quando fingir que ele tem o compromisso com eles? Como na educação que há muito tempo empurram os alunos de série em série; como na saúde com os hospitais e suas filas intermináveis e com o descaso de muitos profissionais da saúde, principalmente dos grandes centros, onde a única certeza que o usuário tem é a de que não vai ser atendido de uma forma rápida, eficiente e digna; como na segurança onde a falta de investimento deixa a polícia despreparada e sem equipamento, abrindo espaço para as empresas de segurança particular; sem falar da burocracia estagnada, truncada e moribunda dos serviços públicos, como é o exemplo da justiça, que transforma o contribuinte que dela necessite num refém de sua intransigência.
Com todo esse descaso acontecendo o governo sempre tenta passar a mensagem de que tudo está regularmente funcionando, com toda a qualidade merecida, sempre se utilizando de números forjados e propagandas enganosas. Mesmo com muita gente vendo que o serviço público não funciona, que não há investimento nele e que de comum acordo ou não, as empresas privadas se aproveitam para entrarem em cena, o Estado com todo o cinismo insiste em dizer que acontece justamente o contrário.
Já passou da hora do Estado assumir sua posição de ineficiência e escancarar de vez a verdade. Deixar de lado a hipocrisia e mostrar os fatos tais como são na realidade. Chega de jogar a sujeira debaixo do tapete e pensar no povo como um ser ignorante, desprovido de visão crítica onde é fácil manipulá-lo e ludibriá-lo com mentiras travestidas de verdades. Há tempos o Estado deixou de ser mãe; hoje ele não é nem de longe uma madrasta megera.
Se a população já não mais engole muita coisa assim como foi no passado e se hoje o consenso preza tanto a sinceridade quanto a lealdade, um bom exemplo deveria vir do Estado e ele se mostrar ao povo quem é de fato. Já que todas as decisões governamentais têm um rumo vertical, ou seja, são de cima para baixo apesar dos mecanismos democráticos que possuímos, a verdade deveria acompanhar todas as artimanhas que o Estado tem se utilizado para tirar cada vez mais o corpo fora e deixar que o setor privado se sinta a vontade para lucrar em cima do cidadão.
Se isso acontecesse de fato a chaga deixada pelo Estado talvez não aumentasse mais, e aqueles que ainda não enxergaram o estorvo que ele é abrissem mão de vez dele, e quem sabe um dia ele até deixasse de existir, assim possivelmente as coisas funcionariam melhor, já que a sua única função é arrecadar cada vez mais impostos do contribuinte e não reverte-lo em seu benefício.
Mikhail Bakunin, principal expoente do anarquismo
A política neoliberal implantada no começo da década de 1990 nos países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento - onde se inclui o Brasil - como parte de um “acordo” entre os países ricos do chamado 1º mundo e de organizações financeiras internacionais, desmantelou toda a estrutura e o funcionamento dos serviços sociais que até então existiam ou funcionavam de alguma forma.
Desobrigou-se então o Estado, com o consentimento dos governos de direita que se elegeram desse período, de dar a devida atenção a setores que eram de sua responsabilidade como saúde, educação, segurança, etc. Em outros termos a nova ordem é a de que se o cidadão deseja ter alguns desses serviços ele deve arcar com a sua despesa, pagando o seu devido preço a uma empresa privada que o preste.
Se então o Estado não garante mais nenhum serviço de qualidade, até quando fingir que ele tem o compromisso com eles? Como na educação que há muito tempo empurram os alunos de série em série; como na saúde com os hospitais e suas filas intermináveis e com o descaso de muitos profissionais da saúde, principalmente dos grandes centros, onde a única certeza que o usuário tem é a de que não vai ser atendido de uma forma rápida, eficiente e digna; como na segurança onde a falta de investimento deixa a polícia despreparada e sem equipamento, abrindo espaço para as empresas de segurança particular; sem falar da burocracia estagnada, truncada e moribunda dos serviços públicos, como é o exemplo da justiça, que transforma o contribuinte que dela necessite num refém de sua intransigência.
Com todo esse descaso acontecendo o governo sempre tenta passar a mensagem de que tudo está regularmente funcionando, com toda a qualidade merecida, sempre se utilizando de números forjados e propagandas enganosas. Mesmo com muita gente vendo que o serviço público não funciona, que não há investimento nele e que de comum acordo ou não, as empresas privadas se aproveitam para entrarem em cena, o Estado com todo o cinismo insiste em dizer que acontece justamente o contrário.
Já passou da hora do Estado assumir sua posição de ineficiência e escancarar de vez a verdade. Deixar de lado a hipocrisia e mostrar os fatos tais como são na realidade. Chega de jogar a sujeira debaixo do tapete e pensar no povo como um ser ignorante, desprovido de visão crítica onde é fácil manipulá-lo e ludibriá-lo com mentiras travestidas de verdades. Há tempos o Estado deixou de ser mãe; hoje ele não é nem de longe uma madrasta megera.
Se a população já não mais engole muita coisa assim como foi no passado e se hoje o consenso preza tanto a sinceridade quanto a lealdade, um bom exemplo deveria vir do Estado e ele se mostrar ao povo quem é de fato. Já que todas as decisões governamentais têm um rumo vertical, ou seja, são de cima para baixo apesar dos mecanismos democráticos que possuímos, a verdade deveria acompanhar todas as artimanhas que o Estado tem se utilizado para tirar cada vez mais o corpo fora e deixar que o setor privado se sinta a vontade para lucrar em cima do cidadão.
Se isso acontecesse de fato a chaga deixada pelo Estado talvez não aumentasse mais, e aqueles que ainda não enxergaram o estorvo que ele é abrissem mão de vez dele, e quem sabe um dia ele até deixasse de existir, assim possivelmente as coisas funcionariam melhor, já que a sua única função é arrecadar cada vez mais impostos do contribuinte e não reverte-lo em seu benefício.
Marcelo Augusto da Silva - 27/09/08