Quando os portugueses chegaram ao Brasil em 1500 encontraram uma vasta floresta tropical que cobria 15% do seu território, ocupando toda a costa brasileira, do Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul, e regiões interioranas. Trata-se da Mata Atlântica, considerada patrimônio nacional pela Constituição Federal e pelo decreto 750/93 e que no ano de 1999 um outro decreto presidencial instituiu o dia 27 de maio como Dia da Mata Atlântica, comemorado na semana passada.
Hoje do total dessa vegetação sobrou apenas 7% de sua cobertura original. A devastação começou já no início da colonização com a extração do pau-brasil e veio se mantendo ao longo desses 508 anos, apresentando uma intensificação no século XX com a ocupação desordenada e a urbanização. Atualmente a maioria da área litorânea que era coberta pela Mata Atlântica é ocupada por grandes cidades, pastos e plantações. Porém, ainda restam pedaços da floresta na Serra do Mar e na Serra da Mantiqueira, localizadas no sudeste do Brasil.
Dentre as regiões brasileiras que compõem o Bioma Mata Atlântica, o Nordeste é, sem dúvida, a área mais ameaçada de extinção. Ao longo da colonização, vários fatores influenciaram direta ou indiretamente na drástica redução da Mata Atlântica Nordestina: o relevo litorâneo pouco acidentado, a extração e a comercialização indiscriminada de madeira, a monocultura da cana-de-açúcar, a especulação imobiliária e, especialmente, a falta de políticas públicas voltadas à conservação dos nossos recursos naturais, que convergiram na extinção quase que completa das nossas florestas costeiras.
Embora fragmentada, a Mata Atlântica assume um papel estratégico em nossas vidas, já que contribui de forma decisiva na regulação climática, interferindo diretamente nas variações de temperatura, umidade e regime de chuvas, na fertilidade e proteção dos solos, encostas e, especialmente, garantindo a perpetuação de mananciais que abastecem as populações humanas em sua área de abrangência.
Esse ecossistema apresenta a maior biodiversidade do mundo - maior que a encontrada na Amazônia pois é favorecida pela grande amplitude térmica que possui - abrigando em seu interior milhares de espécies de plantas, fungos e animais, que se constituem num banco genético de valor imensurável. Muitas destas espécies são endêmicas, ocorrendo exclusivamente em determinadas regiões.
Atualmente com a forte atuação de ONGs e a maior conscientização sobre a importância desses ecossistemas para a vida do planeta espera-se medidas governamentais mais decisivas e eficazes em respeito à preservação e ao combate à devastação, para que assim se possa manter o pouco que restou da Mata Atlântica.
Marcelo Augusto da Silva - 06/06/08
Hoje do total dessa vegetação sobrou apenas 7% de sua cobertura original. A devastação começou já no início da colonização com a extração do pau-brasil e veio se mantendo ao longo desses 508 anos, apresentando uma intensificação no século XX com a ocupação desordenada e a urbanização. Atualmente a maioria da área litorânea que era coberta pela Mata Atlântica é ocupada por grandes cidades, pastos e plantações. Porém, ainda restam pedaços da floresta na Serra do Mar e na Serra da Mantiqueira, localizadas no sudeste do Brasil.
Dentre as regiões brasileiras que compõem o Bioma Mata Atlântica, o Nordeste é, sem dúvida, a área mais ameaçada de extinção. Ao longo da colonização, vários fatores influenciaram direta ou indiretamente na drástica redução da Mata Atlântica Nordestina: o relevo litorâneo pouco acidentado, a extração e a comercialização indiscriminada de madeira, a monocultura da cana-de-açúcar, a especulação imobiliária e, especialmente, a falta de políticas públicas voltadas à conservação dos nossos recursos naturais, que convergiram na extinção quase que completa das nossas florestas costeiras.
Embora fragmentada, a Mata Atlântica assume um papel estratégico em nossas vidas, já que contribui de forma decisiva na regulação climática, interferindo diretamente nas variações de temperatura, umidade e regime de chuvas, na fertilidade e proteção dos solos, encostas e, especialmente, garantindo a perpetuação de mananciais que abastecem as populações humanas em sua área de abrangência.
Esse ecossistema apresenta a maior biodiversidade do mundo - maior que a encontrada na Amazônia pois é favorecida pela grande amplitude térmica que possui - abrigando em seu interior milhares de espécies de plantas, fungos e animais, que se constituem num banco genético de valor imensurável. Muitas destas espécies são endêmicas, ocorrendo exclusivamente em determinadas regiões.
Atualmente com a forte atuação de ONGs e a maior conscientização sobre a importância desses ecossistemas para a vida do planeta espera-se medidas governamentais mais decisivas e eficazes em respeito à preservação e ao combate à devastação, para que assim se possa manter o pouco que restou da Mata Atlântica.
Marcelo Augusto da Silva - 06/06/08