Aqueles que acompanham as publicações deste jornal puderam ler na sua edição passada a notícia de que a Igreja de Santo Antônio estará expondo, neste mês de comemoração ao santo, uma relíquia sua. Creio que muitos, assim como eu, acharam o fato curioso pela razão de tomar contato com algo até então não muito comum ao nosso cotidiano.
O termo relíquia (do Latim reliquiae), o qual é utilizado com mais freqüência, refere-se a objetos pessoais, que possuem um valor sentimental ou mesmo financeiro. No caso específico a reportagem trata de uma relíquia sagrada, ou seja, parte do corpo (ossos, unhas, cabelos) ou objetos que pertenceram a algum santo e que assim servem como elemento de culto e veneração para os que acreditam em sua santidade. Essas peças são devidamente guardadas em uma urna denominada relicário.
A origem da adoração às relíquias remonta há muitos séculos, possivelmente tendo a sua primeira ocorrência no budismo, onde após a morte de Buda, seu corpo foi cremado e suas cinzas divididas entre seus discípulos. Outras religiões adotaram a veneração de relíquias, como o catolicismo que teve seu primeiro caso de culto em 156, na atual Turquia, a propósito do martírio de São Policarpo, que depois de ter sido queimado na fogueira, teve seus seus ossos calcinados recuperados pelos seus seguidores que acolheram-nos como objetos sagrados. Mais tarde diversos milagres foram atribuídos a esta relíquia e a partir desse acontecimento a busca por objetos semelhantes tornou-se cada vez mais frequente.
A adoração às relíquias atingiu seu ápice na Idade Média, período em que a Igreja Católica era a soberana na Europa, e a construção de seus templos, bem como a sua manutenção, dependiam da visitação constante e maciça dos fiéis a esses objetos, que no caso em si depositam contribuições para poderem apreciá-las. Nesse momento há uma total desmoralização à adoração a esses objetos e também da própria instituição religiosa, pois muitas relíquias vão surgir por toda parte no intuito de se aumentar a arrecadação, onde a maioria delas levantaria suspeita sobre a sua autenticidade no mais fiel dos fiéis, como por exemplo os corpos dos três reis magos, o manto de Cristo - o qual os legionários romanos jogaram dados no momento de seu suplício na cruz – e o manto da Virgem Maria.
Várias outras relíquias foram apresentadas à população, desta vez ainda mais duvidosas; outras passaram a ser comercializadas, fato que leva a uma movimentação de grandes montantes de dinheiro nos mercados e feiras da Europa, como saquinhos de pó que teriam originado Adão, garrafinhas de água do rio em que Jesus foi batizado, e até 700 pregos, espalhados por várias partes dos territórios católicos, que teriam sido empregados na crucificação de Jesus Cristo.
Com o advento da ciência e uma nova forma de pensar por parte das pessoas, muitas dessas relíquias foram desmistificadas e o seu culto perdeu muito de sua força, justamente pelo fato da população ter agora a possibilidade de discenir e avaliar aquilo que realmente é um objeto de veneração daquilo que possa ser confundido com algo para outra finalidade. Verdadeiros ou não cabe ao indivíduo, dentro de sua fé, dar o devido valor que esses objetos possam ter, ficando cada um dentro dos limites de sua opção religiosa e de seu exercício.
Hoje o o ser humano tem a plena liberdade e a total capacidade de escolher aquilo que lhe melhor convém. Basta usar essas faculdades com sabedoria e moderação.
O termo relíquia (do Latim reliquiae), o qual é utilizado com mais freqüência, refere-se a objetos pessoais, que possuem um valor sentimental ou mesmo financeiro. No caso específico a reportagem trata de uma relíquia sagrada, ou seja, parte do corpo (ossos, unhas, cabelos) ou objetos que pertenceram a algum santo e que assim servem como elemento de culto e veneração para os que acreditam em sua santidade. Essas peças são devidamente guardadas em uma urna denominada relicário.
A origem da adoração às relíquias remonta há muitos séculos, possivelmente tendo a sua primeira ocorrência no budismo, onde após a morte de Buda, seu corpo foi cremado e suas cinzas divididas entre seus discípulos. Outras religiões adotaram a veneração de relíquias, como o catolicismo que teve seu primeiro caso de culto em 156, na atual Turquia, a propósito do martírio de São Policarpo, que depois de ter sido queimado na fogueira, teve seus seus ossos calcinados recuperados pelos seus seguidores que acolheram-nos como objetos sagrados. Mais tarde diversos milagres foram atribuídos a esta relíquia e a partir desse acontecimento a busca por objetos semelhantes tornou-se cada vez mais frequente.
A adoração às relíquias atingiu seu ápice na Idade Média, período em que a Igreja Católica era a soberana na Europa, e a construção de seus templos, bem como a sua manutenção, dependiam da visitação constante e maciça dos fiéis a esses objetos, que no caso em si depositam contribuições para poderem apreciá-las. Nesse momento há uma total desmoralização à adoração a esses objetos e também da própria instituição religiosa, pois muitas relíquias vão surgir por toda parte no intuito de se aumentar a arrecadação, onde a maioria delas levantaria suspeita sobre a sua autenticidade no mais fiel dos fiéis, como por exemplo os corpos dos três reis magos, o manto de Cristo - o qual os legionários romanos jogaram dados no momento de seu suplício na cruz – e o manto da Virgem Maria.
Várias outras relíquias foram apresentadas à população, desta vez ainda mais duvidosas; outras passaram a ser comercializadas, fato que leva a uma movimentação de grandes montantes de dinheiro nos mercados e feiras da Europa, como saquinhos de pó que teriam originado Adão, garrafinhas de água do rio em que Jesus foi batizado, e até 700 pregos, espalhados por várias partes dos territórios católicos, que teriam sido empregados na crucificação de Jesus Cristo.
Com o advento da ciência e uma nova forma de pensar por parte das pessoas, muitas dessas relíquias foram desmistificadas e o seu culto perdeu muito de sua força, justamente pelo fato da população ter agora a possibilidade de discenir e avaliar aquilo que realmente é um objeto de veneração daquilo que possa ser confundido com algo para outra finalidade. Verdadeiros ou não cabe ao indivíduo, dentro de sua fé, dar o devido valor que esses objetos possam ter, ficando cada um dentro dos limites de sua opção religiosa e de seu exercício.
Hoje o o ser humano tem a plena liberdade e a total capacidade de escolher aquilo que lhe melhor convém. Basta usar essas faculdades com sabedoria e moderação.
Marcelo Augusto da Silva - 18/06/09