quinta-feira, 25 de junho de 2009

Boas novas no mundo digital

A revolução tecnológica iniciada a partir da década de 1980 trouxe inúmeras transformações para uma grande parte da população mundial. Com a tecnologia as distâncias se encurtaram, pessoas se aproximaram ou se reaproximaram, esforços e transtornos foram superados a informação foi popularizada, e como sempre há um lado negativo, surgiram com ela novas modalidades de crimes.
Na questão do entretenimento citando especificamente o setor que abrange a sua indústria, este sofreu um grande abalo com essa popularização da informática, já que atualmente muitos dos consumidores não compram mais CDs e DVDs, mais sim fazem downloads de músicas e filmes na internet , ou se utilizam de softwares onde se trocam arquivos de áudio e vídeo (além de outros formatos) entre seus usuários. Não era sem tempo, pois a indústria cultural há muito tempo transforma arte em mercadoria, explorando o seus apreciadores, tornando os que detém o direito autoral sobre alguma produção em multimilionários.
A condenação na Justiça do popular site de downloads Pirate Bay, pode trazer uma nova ordem no mercado do entretenimento e mudar a realidade dos downloads ilegais, favorecendo os admiradores de músicas e filmes, que até então são muitas vezes impossibilitados de apreciar suas obras artísticas preferidas devido às limitações econômicas. Com essa decisão judicial o site (que não saiu do ar e seus donos recorrem da decisão em liberdade) teve um aumento de acessos, além do partido político do grupo, o Partido Pirata, está sendo cada vez mais popular, onde a chances de eleger um representante para o Parlamento europeu são grandes.
Como não há como mudar essa conduta vários organismos relacionados à industria do entretenimento estão pensando em possibilidades de se liberar os downloads, livrando aqueles que têm o habito de baixar músicas e filmes - segundo a legislação - da categoria de contraventores e assim continuarem ganhando, o que vai favorecer os apreciadores do gênero. Dentre as alternativas para a solução desse caso as mais interessantes são as da Google que vai disponibilizar numa parceria com as gravadoras - inicialmente e em breve na China - uma extensa lista com milhares de músicas de graça, onde a empresa irá pagar a conta em troca de patrocínio e venda de propagandas; e da Warner que tem um projeto em que todos os assinantes de banda larga pagariam uma taxa, que provavelmente seria repassada às gravadoras, onde os usuários poderiam baixar os arquivos gratuitamente.
Se a tecnologia provocou várias mudanças de comportamento e as pessoas e a sociedade, concordando ou não com ela, tiveram que se adequar, já é passada a hora dos gângsteres da diversão pararem de abusar do deleite e da diversão alheia para enriquecer. Há meios em que todos envolvidos numa produção cultural (autores, atores, interpretes, músicos, distribuidores, etc.) possam ganhar o justo e que essa quantia seja a mesma para todos que dela fizeram parte.
Marcelo Augusto da Silva - 26/06/09