É sempre fascinante falar ou ouvir algo sobre o Egito. Formadores de uma das primeiras civilizações da História, os egípcios se desenvolveram às margens do grandioso Rio Nilo, onde aproveitaram suas águas, que transbordavam periodicamente, para fertilizar o solo e desenvolver assim a agricultura.
Além disso, foram pioneiros em muitos setores como por exemplo na medicina, que no desenvolver da técnica da mumificação se aprofundaram na anatomia humana; foram responsáveis por construções de dimensões extraordinárias como as pirâmides que até hoje despertam a curiosidade em muitos e semeiam explicações das mais variadas para entender a capacidade de erguer tais obras; foram igualmente magníficos ao desenvolverem um Estado centralizado para controlar a crescente população, a produção agrícola e as construções de diques e canais de irrigação necessários no aproveitamento das águas do Nilo.
Porém não foram tão perfeitos em tudo que fizeram; assim como acontece com qualquer outro povo os vícios e os erros também acometeram os egípcios. Sua sociedade era estratificada, ou seja, rigorosamente dividida em camadas que colocava outras em níveis subjugados, sem a possibilidade de mudança social. Também invadiram e dominaram outros povos em guerras deploráveis e escravizaram outros tantos; seu Estado forte tornou-se autoritário suficiente para suprimir a vontade da população e se tornar perpétuo e tirano em algumas fases.
Nos últimos dias o Egito volta a ser evidência novamente, dessa vez nos dando um ensinamento ao mostrar ao mundo milhares de pessoas tomando a praça pública e exigindo a renúncia de um governo que havia se instalado há três décadas no país, governo que lembra a teocracia da antiguidade egípcia – forma de governo em que o representante é chefe político e religioso ao mesmo tempo, sendo considerando um representante divino na Terra.
A manifestação pública forçou a queda do ditador, porém não garantiu a democracia no país, palavra pouco conhecida e consequentemente um sistema político pouco usado em países de tradição islâmica assim como é o Egito. A expectativa atual é não ver o exército, que ocupa o governo provisoriamente, se manter nele durante anos e instalar uma nova ditadura.
O ideal é ver construído no Egito um governo que respeite as liberdades e as diferenças, que mantenha em todos os seus níveis a democracia e que acate principalmente o princípio das eleições livres e periódicas. No entanto num país em que prevalece a tradição religiosa esses ideais parecem serem utópicos no momento.
Além disso, foram pioneiros em muitos setores como por exemplo na medicina, que no desenvolver da técnica da mumificação se aprofundaram na anatomia humana; foram responsáveis por construções de dimensões extraordinárias como as pirâmides que até hoje despertam a curiosidade em muitos e semeiam explicações das mais variadas para entender a capacidade de erguer tais obras; foram igualmente magníficos ao desenvolverem um Estado centralizado para controlar a crescente população, a produção agrícola e as construções de diques e canais de irrigação necessários no aproveitamento das águas do Nilo.
Porém não foram tão perfeitos em tudo que fizeram; assim como acontece com qualquer outro povo os vícios e os erros também acometeram os egípcios. Sua sociedade era estratificada, ou seja, rigorosamente dividida em camadas que colocava outras em níveis subjugados, sem a possibilidade de mudança social. Também invadiram e dominaram outros povos em guerras deploráveis e escravizaram outros tantos; seu Estado forte tornou-se autoritário suficiente para suprimir a vontade da população e se tornar perpétuo e tirano em algumas fases.
Nos últimos dias o Egito volta a ser evidência novamente, dessa vez nos dando um ensinamento ao mostrar ao mundo milhares de pessoas tomando a praça pública e exigindo a renúncia de um governo que havia se instalado há três décadas no país, governo que lembra a teocracia da antiguidade egípcia – forma de governo em que o representante é chefe político e religioso ao mesmo tempo, sendo considerando um representante divino na Terra.
A manifestação pública forçou a queda do ditador, porém não garantiu a democracia no país, palavra pouco conhecida e consequentemente um sistema político pouco usado em países de tradição islâmica assim como é o Egito. A expectativa atual é não ver o exército, que ocupa o governo provisoriamente, se manter nele durante anos e instalar uma nova ditadura.
O ideal é ver construído no Egito um governo que respeite as liberdades e as diferenças, que mantenha em todos os seus níveis a democracia e que acate principalmente o princípio das eleições livres e periódicas. No entanto num país em que prevalece a tradição religiosa esses ideais parecem serem utópicos no momento.
Marcelo Augusto da Silva - 17/02/2011