Mesmo antes da notícia ser divulgada oficialmente já era evidente que algo havia de errado com o Cine Colombo, pois a sua freqüência era cada vez menor. Mesmo em exibições de filmes com grande poder de atração do público em geral o número de expectadores era muito reduzido e sessões como matinês, por exemplo, chegaram a ser exibidas para públicos de oito, quatro e até mesmo duas pessoas.
Há alguns anos o prédio onde funciona o cinema, o qual pertence ao Centro Cultural Ítalo-Brasileiro, passou por uma enorme reforma, que igualou a sala à das grandes cidades, sob o preço de descaracterizar um patrimônio histórico e arquitetônico, assim como era a construção do início do século passado erguida pela comunidade italiana rio-pardense. Depois da sua reinauguração as pessoas voltaram a freqüentar o cinema, porém várias mudanças aconteceram nesses últimos anos e gradativamente o público foi se afastando do Cine Colombo.
As causas da falência do cinema são as mesmas enfrentadas por tantos outros, como o fato dos filmes que estréiam logo terem seu lançamento em DVD e a pirataria que tira cada vez mais o público das salas de exibição, pois assim que um filme estréia, horas depois já é possível baixar uma cópia pirata pela internet em qualquer parte do mundo ou então porque se compra muito barato um DVD pirata nos camelôs. Apesar desses problemas serem sérios e comprometerem a situação financeira do cinema, é lamentável a população assistir o Colombo fechar suas portas definitivamente. Lamentável por que muito se perde com o encerramento de suas atividades, perde-se uma fonte de cultura; a cidade perde uma opção de lazer; a movimentação das noites rio-pardenses perde um pouco do seu brilho – considerando que municípios com um número de habitantes como é São José do Rio Pardo sempre deixam a desejar na questão de opções de lazer e entretenimento. Se o DVD e os serviços de entrega de alimentos incentivam as pessoas a ficarem dentro de suas casas, a falta de um lugar para ir sem dúvida deixará nossas noites menos movimentadas.
Seria interessante a todos que algo fosse feito para salvar a existência do Cine Colombo. Muitos cinemas enfrentam situações semelhantes e tentam contornar a situação fazendo promoções, inclusive nos finais de semanas, ou então reduzindo o valor de seus ingressos. Se estas não forem viáveis para resolver o problema pode-se investir na idéia já proposta, como uma parceira com empresas privadas ou então o investimento por parte da Prefeitura Municipal.
Todos ganhariam como isso. A cidade mostraria que valoriza e incentiva a arte; manteria-se ativo um prédio que tem uma estrutura que proporciona a possibilidade de ser utilizado para várias formas apresentações artísticas e culturais e as pessoas continuariam com a garantia de poder contar com um espaço de lazer, encontro, emoção e divertimento.
Marcelo Augusto da Silva - 29/02/08
Há alguns anos o prédio onde funciona o cinema, o qual pertence ao Centro Cultural Ítalo-Brasileiro, passou por uma enorme reforma, que igualou a sala à das grandes cidades, sob o preço de descaracterizar um patrimônio histórico e arquitetônico, assim como era a construção do início do século passado erguida pela comunidade italiana rio-pardense. Depois da sua reinauguração as pessoas voltaram a freqüentar o cinema, porém várias mudanças aconteceram nesses últimos anos e gradativamente o público foi se afastando do Cine Colombo.
As causas da falência do cinema são as mesmas enfrentadas por tantos outros, como o fato dos filmes que estréiam logo terem seu lançamento em DVD e a pirataria que tira cada vez mais o público das salas de exibição, pois assim que um filme estréia, horas depois já é possível baixar uma cópia pirata pela internet em qualquer parte do mundo ou então porque se compra muito barato um DVD pirata nos camelôs. Apesar desses problemas serem sérios e comprometerem a situação financeira do cinema, é lamentável a população assistir o Colombo fechar suas portas definitivamente. Lamentável por que muito se perde com o encerramento de suas atividades, perde-se uma fonte de cultura; a cidade perde uma opção de lazer; a movimentação das noites rio-pardenses perde um pouco do seu brilho – considerando que municípios com um número de habitantes como é São José do Rio Pardo sempre deixam a desejar na questão de opções de lazer e entretenimento. Se o DVD e os serviços de entrega de alimentos incentivam as pessoas a ficarem dentro de suas casas, a falta de um lugar para ir sem dúvida deixará nossas noites menos movimentadas.
Seria interessante a todos que algo fosse feito para salvar a existência do Cine Colombo. Muitos cinemas enfrentam situações semelhantes e tentam contornar a situação fazendo promoções, inclusive nos finais de semanas, ou então reduzindo o valor de seus ingressos. Se estas não forem viáveis para resolver o problema pode-se investir na idéia já proposta, como uma parceira com empresas privadas ou então o investimento por parte da Prefeitura Municipal.
Todos ganhariam como isso. A cidade mostraria que valoriza e incentiva a arte; manteria-se ativo um prédio que tem uma estrutura que proporciona a possibilidade de ser utilizado para várias formas apresentações artísticas e culturais e as pessoas continuariam com a garantia de poder contar com um espaço de lazer, encontro, emoção e divertimento.
Marcelo Augusto da Silva - 29/02/08