Como sempre venho afirmando os governos pouco investem na área social e muito menos ainda na área cultural, deixando as pessoas, principalmente das pequenas cidades, carentes de eventos e consequentemente descontentes.
Nesse final de semana porém algumas cidades do interior do estado de São Paulo deixaram o marasmo de lado e puderam desfrutar 24 horas de uma programação cultural de qualidade e gratuita, recheada de atividades dos mais variados estilos como música, cinema, teatro e dança.
Nossa região que já tinha sido presenteada com a realização do I Fórum Social da Mogiana teve como complemento a esse evento a chamada Virada Cultural Paulista, projeto o qual proporcionou as tais apresentações. Beneficiada pela estreita ligação entre o governo estadual e um certo munícipe – ocupante de cargo político, membro do mesmo partido da situação e que, é claro, tinha lá seus interesses – a cidade vizinha de São João da Boa Vista pôde contar com essa festividade, onde os shows aconteceram em três pontos distintos do município, alguns deles simultaneamente, dando oportunidade ao povo de assistir algo de um nível indiscutivelmente superior, bem diferente das tão enfadonhas atrações populares.
Com um público pequeno e tímido durante a parte diurna do evento, mas com uma grande participação na programação noturna, e também em determinados shows, a Virada Cultural em São João atendeu a todos os gostos, passando do popular ao erudito, do infantil ao adulto e do comercial ao alternativo. Nomes como Arrigo Barnabé, referência na música paulistana da década de 1980; Violeta de Outono, também um ícone da música brasileira do mesma período no estilo rock progressivo; Trio Virgulino que trouxe o autêntico forró; Ultraje a Rigor, que com mais de vinte anos de carreira ainda cultiva fãs de todas as idades; Almir Sater, com um show mais popular que levou às ruas uma maior quantidade de pessoas e outros do cenário underground que esbanjaram talento, originalidade e criatividade, fizeram com que a população pudesse ter uma overdose cultural e também entrar em contato com o fino da música e de outras manifestações artísticas.
Bom seria se outras cidades pudessem também receber esse circuito cultural; ao todo foram vinte municípios participantes e São João foi um dosa raros que tinha menos que cem mil habitantes. Se menos verba fosse gasta inutilmente, desviada, ou subtraída dos cofres públicos ou então se os órgãos competentes dessem oportunidades aos grandes talentos que temos, mas que infelizmente ficam condenados ao anonimato por causa da ganância e do domínio das gravadoras e emissoras que só querem alienar as pessoas e faturar com o besteirol e a pobreza de muitos “músicos” que vemos por aí, poderíamos ver mais desses eventos acontecendo.
Seria também uma ocasião de mostrar a todos que não existe somente um segmento artístico ou um estilo musical. Não há como querer que as pessoas apreciem ou valorizem o diferente se elas não têm chances verem o que acontece longe das rádios, televisões e rodeios.
Nesse final de semana porém algumas cidades do interior do estado de São Paulo deixaram o marasmo de lado e puderam desfrutar 24 horas de uma programação cultural de qualidade e gratuita, recheada de atividades dos mais variados estilos como música, cinema, teatro e dança.
Nossa região que já tinha sido presenteada com a realização do I Fórum Social da Mogiana teve como complemento a esse evento a chamada Virada Cultural Paulista, projeto o qual proporcionou as tais apresentações. Beneficiada pela estreita ligação entre o governo estadual e um certo munícipe – ocupante de cargo político, membro do mesmo partido da situação e que, é claro, tinha lá seus interesses – a cidade vizinha de São João da Boa Vista pôde contar com essa festividade, onde os shows aconteceram em três pontos distintos do município, alguns deles simultaneamente, dando oportunidade ao povo de assistir algo de um nível indiscutivelmente superior, bem diferente das tão enfadonhas atrações populares.
Com um público pequeno e tímido durante a parte diurna do evento, mas com uma grande participação na programação noturna, e também em determinados shows, a Virada Cultural em São João atendeu a todos os gostos, passando do popular ao erudito, do infantil ao adulto e do comercial ao alternativo. Nomes como Arrigo Barnabé, referência na música paulistana da década de 1980; Violeta de Outono, também um ícone da música brasileira do mesma período no estilo rock progressivo; Trio Virgulino que trouxe o autêntico forró; Ultraje a Rigor, que com mais de vinte anos de carreira ainda cultiva fãs de todas as idades; Almir Sater, com um show mais popular que levou às ruas uma maior quantidade de pessoas e outros do cenário underground que esbanjaram talento, originalidade e criatividade, fizeram com que a população pudesse ter uma overdose cultural e também entrar em contato com o fino da música e de outras manifestações artísticas.
Bom seria se outras cidades pudessem também receber esse circuito cultural; ao todo foram vinte municípios participantes e São João foi um dosa raros que tinha menos que cem mil habitantes. Se menos verba fosse gasta inutilmente, desviada, ou subtraída dos cofres públicos ou então se os órgãos competentes dessem oportunidades aos grandes talentos que temos, mas que infelizmente ficam condenados ao anonimato por causa da ganância e do domínio das gravadoras e emissoras que só querem alienar as pessoas e faturar com o besteirol e a pobreza de muitos “músicos” que vemos por aí, poderíamos ver mais desses eventos acontecendo.
Seria também uma ocasião de mostrar a todos que não existe somente um segmento artístico ou um estilo musical. Não há como querer que as pessoas apreciem ou valorizem o diferente se elas não têm chances verem o que acontece longe das rádios, televisões e rodeios.
Marcelo Augusto da Silva - 22/05/09