Não temos identidade própria / Copiamos tudo em nossa volta / Do que adianta vocês viverem assim? / Ser prisioneiros dentro do seu próprio jardim / Pra que tudo isso na região Tupiniquim? / Eu não sei, eu não sei.
Nunca fomos tão brasileiros – Plebe Rude
Nunca fomos tão brasileiros – Plebe Rude
Ao assistir as comemorações da independência dos EUA no dia 04 de julho, a qual todo ano trás a mesma pompa que é transmitida por muitos canais de televisão, comecei a analisar novamente a velha diferença que existe na festividade desse dia nosso país e no estrangeiro. Essa distinção é perceptível a qualquer pessoa, já que aqui a data quase não é lembrada, ou muitos nem sabem que ela existe, bem ao contrário dos estadunidenses que comemoraram a sua emancipação com muito ufanismo tal como fazem desde 1776. Não que isso os coloque acima dos demais, ou então que os tornem melhores, pelo contrário, a História mostrou o quanto aquela nação é nociva ao planeta e aos que nele vivem. No Brasil infelizmente não encontramos um patriotismo parecido.
Esse comportamento tão desigual das duas nações de um mesmo continente tem sua origem nos primórdios da colonização de cada uma delas. Aqui já de cara o Brasil foi assaltado pelos portugueses, que viam nessas terras somente um meio de enriquecer, atitude que da mesma forma é repetida hoje por muitos, principalmente por nossos representantes que usurpam o país para o bem próprio. Esse legado de descaso manteve-se por todos esses séculos, chegando enfim aos nossos dias; se no início ninguém teve a preocupação com o que viria a ser esse território e o cuidado momentâneo era unicamente explorar, hoje não é de se estranhar que aqueles que descendem dessa estirpe danosa ainda se comportem à mesma maneira. Curioso é ver isso fazer parte da imensa camada popular que, apesar de viver lutando para sobreviver, age com o mesmo desprezo ao seu país.
No caso da nação do norte os antepassados daquele povo não pensaram somente no momento em que ali chegaram, mas sim no seu futuro e no daqueles que um dia iriam ali habitar. Daí tem-se a característica de valorizar e enaltecer o que é seu, cuja intenção é atingir cada vez mais o bem geral. Esse desejo de construir algo duradouro e sólido esculpiu uma personalidade em que se honra a si mesmo, porém em detrimento ao alheio. Em partes isso pode até ser compreensível, o que não justifica é ver que em nome desse sentimento é eles assumirem um caráter pedante, dominante, exploratório e acima de tudo destrutivo.
O que falta nos brasileiros é dar a devida importância àquilo que é seu; não há como cobrar das autoridades a decência, o decoro e o compromisso se nós mesmos não exercemos essas qualidades. Se outros em cada comemoração cívica se cobrem com as cores de seu país e se orgulham de nele viver, o que esperar de um lugar onde o povo desconhece ou desmerece sua própria História e se curva diante do outro numa ação em que sente envergonhado do que é seu.
Se a avacalhação no Congresso e também nas esferas estaduais e municipais não tem fim; se a baixaria se mantém enquanto nosso dinheiro jorra para dentro dos bolsos daqueles que deveriam trabalhar para nosso bem estar, é hora de repensar sobre o que temos sido nesse tempo todo e assumirmos de vez que somos brasileiros. Certamente é assim que teremos a possibilidade de vivermos de forma mais justa, caso contrário os infames que nos comandam verão e terão sempre a possibilidade de agir tranquilamente.
Esse comportamento tão desigual das duas nações de um mesmo continente tem sua origem nos primórdios da colonização de cada uma delas. Aqui já de cara o Brasil foi assaltado pelos portugueses, que viam nessas terras somente um meio de enriquecer, atitude que da mesma forma é repetida hoje por muitos, principalmente por nossos representantes que usurpam o país para o bem próprio. Esse legado de descaso manteve-se por todos esses séculos, chegando enfim aos nossos dias; se no início ninguém teve a preocupação com o que viria a ser esse território e o cuidado momentâneo era unicamente explorar, hoje não é de se estranhar que aqueles que descendem dessa estirpe danosa ainda se comportem à mesma maneira. Curioso é ver isso fazer parte da imensa camada popular que, apesar de viver lutando para sobreviver, age com o mesmo desprezo ao seu país.
No caso da nação do norte os antepassados daquele povo não pensaram somente no momento em que ali chegaram, mas sim no seu futuro e no daqueles que um dia iriam ali habitar. Daí tem-se a característica de valorizar e enaltecer o que é seu, cuja intenção é atingir cada vez mais o bem geral. Esse desejo de construir algo duradouro e sólido esculpiu uma personalidade em que se honra a si mesmo, porém em detrimento ao alheio. Em partes isso pode até ser compreensível, o que não justifica é ver que em nome desse sentimento é eles assumirem um caráter pedante, dominante, exploratório e acima de tudo destrutivo.
O que falta nos brasileiros é dar a devida importância àquilo que é seu; não há como cobrar das autoridades a decência, o decoro e o compromisso se nós mesmos não exercemos essas qualidades. Se outros em cada comemoração cívica se cobrem com as cores de seu país e se orgulham de nele viver, o que esperar de um lugar onde o povo desconhece ou desmerece sua própria História e se curva diante do outro numa ação em que sente envergonhado do que é seu.
Se a avacalhação no Congresso e também nas esferas estaduais e municipais não tem fim; se a baixaria se mantém enquanto nosso dinheiro jorra para dentro dos bolsos daqueles que deveriam trabalhar para nosso bem estar, é hora de repensar sobre o que temos sido nesse tempo todo e assumirmos de vez que somos brasileiros. Certamente é assim que teremos a possibilidade de vivermos de forma mais justa, caso contrário os infames que nos comandam verão e terão sempre a possibilidade de agir tranquilamente.
Marcelo Augusto da Silva - 10/07/09