"As queimadas são um ato de ignorância, associada à preguiça e má fé”
Pronunciamento de José Bonifácio de Andrada e Silva, em 1820
Nesse período de estiagem que atravessamos, presenciamos o número de queimadas aumentar consideravelmente. Praticada como uma forma de preparo do solo e também sem nenhuma justificativa lógica por algumas pessoas que se aproveitam da sequidão da vegetação para atear fogo nos acostamentos das estradas e em terrenos baldios, o que aumenta ainda mais a sensação de seca e os problemas respiratórios característicos dessa época do ano.
Estudos indicam que as queimas são responsáveis por cerca de 70% da emissão de gás carbônico no Brasil, contribuindo dessa forma com o agravamento da poluição atmosférica e do efeito estufa.
A queimada é uma técnica rudimentar remanescente das comunidades quilombolas e indígenas, que derrubavam a mata nativa e queimavam a vegetação. Hoje ela é ainda praticada por pequenos agricultores como uma maneira de eliminar pragas e preparar o solo para pastagens ou para o plantio, o que na verdade resulta num benefício apenas imediato, já que nos primeiros anos após as chamas há uma maior produtividade, pois o fogo acaba concentrando alguns nutrientes para a plantação, como o fósforo, mas a longo prazo o processo acaba tornando o solo improdutivo, porque há uma perda importante desses nutrientes e também de minerais.
Mas não só o pequeno agricultor se utiliza da queimada; regiões como a Norte e Sudeste ela é intensamente aplicada nos canaviais, uma vez que facilita e reduz os custos da colheita, eliminando os espinhos da planta.
Como a expansão da monocultura canavieira no nosso país tende a crescer nos próximos anos devido à produção do etanol, as queimadas certamente irão aumentar, apesar dos esforços por parte do governo federal e especialmente de estados como São Paulo e Rio de Janeiro, que de acordo com legislação própria tentam reduzir gradativamente as queimadas nos canaviais, substituindo-a pela colheita mecanizada, que embora não agrida o meio-ambiente cause o desemprego, onde uma colheitadeira tira o emprego de uma grande quantidade de bóias-frias.
Se nesse momento não há sinalizações que indiquem uma redução nas queimadas, uma vez que elas são um impasse entre governo, usineiros, sindicatos e ambientalistas, no mínimo espera-se coerência por parte daqueles que se aproveitam da falta de chuvas para praticar esse ato insano e vândalo aleatoriamente somente pelo simples prazer de ver a seca vegetação arder e a fumaça subir, coisa que só traz mais problemas e transtornos para a população.
Pronunciamento de José Bonifácio de Andrada e Silva, em 1820
Nesse período de estiagem que atravessamos, presenciamos o número de queimadas aumentar consideravelmente. Praticada como uma forma de preparo do solo e também sem nenhuma justificativa lógica por algumas pessoas que se aproveitam da sequidão da vegetação para atear fogo nos acostamentos das estradas e em terrenos baldios, o que aumenta ainda mais a sensação de seca e os problemas respiratórios característicos dessa época do ano.
Estudos indicam que as queimas são responsáveis por cerca de 70% da emissão de gás carbônico no Brasil, contribuindo dessa forma com o agravamento da poluição atmosférica e do efeito estufa.
A queimada é uma técnica rudimentar remanescente das comunidades quilombolas e indígenas, que derrubavam a mata nativa e queimavam a vegetação. Hoje ela é ainda praticada por pequenos agricultores como uma maneira de eliminar pragas e preparar o solo para pastagens ou para o plantio, o que na verdade resulta num benefício apenas imediato, já que nos primeiros anos após as chamas há uma maior produtividade, pois o fogo acaba concentrando alguns nutrientes para a plantação, como o fósforo, mas a longo prazo o processo acaba tornando o solo improdutivo, porque há uma perda importante desses nutrientes e também de minerais.
Mas não só o pequeno agricultor se utiliza da queimada; regiões como a Norte e Sudeste ela é intensamente aplicada nos canaviais, uma vez que facilita e reduz os custos da colheita, eliminando os espinhos da planta.
Como a expansão da monocultura canavieira no nosso país tende a crescer nos próximos anos devido à produção do etanol, as queimadas certamente irão aumentar, apesar dos esforços por parte do governo federal e especialmente de estados como São Paulo e Rio de Janeiro, que de acordo com legislação própria tentam reduzir gradativamente as queimadas nos canaviais, substituindo-a pela colheita mecanizada, que embora não agrida o meio-ambiente cause o desemprego, onde uma colheitadeira tira o emprego de uma grande quantidade de bóias-frias.
Se nesse momento não há sinalizações que indiquem uma redução nas queimadas, uma vez que elas são um impasse entre governo, usineiros, sindicatos e ambientalistas, no mínimo espera-se coerência por parte daqueles que se aproveitam da falta de chuvas para praticar esse ato insano e vândalo aleatoriamente somente pelo simples prazer de ver a seca vegetação arder e a fumaça subir, coisa que só traz mais problemas e transtornos para a população.
Marcelo Augusto da Silva - 29/08/08
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