Ir ao cinema durante os meses de dezembro e janeiro com a intenção de ver algum lançamento que não seja uma superprodução ou então um filminho inocente é uma investida perdida, pois nessa época só há filmes que se encaixam nesses estilos.
Como não há mais nada interessante resolvi assistir a megaprodução do momento Avatar do diretor James Camerom, que dispensou milhões de dólares em investimentos e tem lotado as salas de todo mundo. Assim fui com a maior despretensão, já preparado para ver algo que não seria nenhuma novidade.
De fato o filme segue o velho esqueminha dos roteiros previsíveis, os quais conseguimos saber o final já nos primeiros minutos de exibição e com recursos computadorizados e efeitos especiais que o deixam mais se assemelhando a um vídeo game de última geração.
O que me chamou a atenção, apesar do enredo tosco, é a versão nova de algo antigo que esse longa metragem trabalha. Explico: a história se passa no futuro, num planeta chamado Pandora, onde os seres humanos o invadem com o objetivo, é claro, de explorar algum recurso que lhe traga bons lucros, que nesse caso é um minério que lá existe em abundância, porém o inconveniente são os nativos desse mundo que não aceitam a invasão humana e lutam como podem para manter o inimigo afastado. Um soldado deficiente é enviado numa missão especial àquele lugar e tem o seu avatar criado – criatura feita em laboratório que se sintoniza com o ser humano numa espécie de simbiose, onde esse humano enquanto dorme numa cápsula passa a ser um elemento nativo, denominado assim de avatar – o qual penetra na paisagem natural de Pandora, uma floresta colorida e habitada pelos mais estranhos seres, cujo aspecto mais se assemelha a uma capa de disco de banda progressiva da década de 1970 e assim passa a conviver com os seres de Pandora.
Do outro lado há um outro militar, seu superior, muito parecido com um misto de Rambo com o boneco Max Stell, que deseja a todo custo conquistar as reservas minerais que são habitadas pelos nativos do planeta. Este faz uma proposta ao militar deficiente para trazer o maior número de informações sobre o local e acabar dessa maneira com os nativos. Nesse meio tempo o avatar do militar começa a envolver com os nativos e a ter o mesmo sentimento de amor à natureza, suas ligações com ela e o seu senso de preservação, o que faz ele a não ficar do lado dos terrestres.
Em meio a isso tudo, apesar da mesmice da trama onde o personagem tirano se redime e fica do lado dos oprimidos, o curioso é que por se tratar de um filme atual e futurista o velho problema que vemos acontecer durante toda a nossa história ainda acontece, como a invasão de territórios já habitados, o não respeito às diferenças, a intolerância e a não aceitação daqueles que são diferentes devido ao interesse de enriquecimento. Dessa vez ele é fora da Terra, provavelmente pelo fato de não mais haver onde explorar e a quem dominar, mas independente do local os acontecimentos são os mesmo; o massacre é o mesmo.
O que fez o roteirista e o diretor desse filme foi mudar de tempo algo que não é novidade, tirou o problema do passado e do presente e o mandou para o futuro e para um local distante. Quanto a mentira de que alguém pode pensar no outro e que os que são molestados podem inverterem o jogo foi mantida, talvez para mascarar essa tendência ambiciosa e preconceituosa, tão presente e característica no povo que realizou o filme.
Como não há mais nada interessante resolvi assistir a megaprodução do momento Avatar do diretor James Camerom, que dispensou milhões de dólares em investimentos e tem lotado as salas de todo mundo. Assim fui com a maior despretensão, já preparado para ver algo que não seria nenhuma novidade.
De fato o filme segue o velho esqueminha dos roteiros previsíveis, os quais conseguimos saber o final já nos primeiros minutos de exibição e com recursos computadorizados e efeitos especiais que o deixam mais se assemelhando a um vídeo game de última geração.
O que me chamou a atenção, apesar do enredo tosco, é a versão nova de algo antigo que esse longa metragem trabalha. Explico: a história se passa no futuro, num planeta chamado Pandora, onde os seres humanos o invadem com o objetivo, é claro, de explorar algum recurso que lhe traga bons lucros, que nesse caso é um minério que lá existe em abundância, porém o inconveniente são os nativos desse mundo que não aceitam a invasão humana e lutam como podem para manter o inimigo afastado. Um soldado deficiente é enviado numa missão especial àquele lugar e tem o seu avatar criado – criatura feita em laboratório que se sintoniza com o ser humano numa espécie de simbiose, onde esse humano enquanto dorme numa cápsula passa a ser um elemento nativo, denominado assim de avatar – o qual penetra na paisagem natural de Pandora, uma floresta colorida e habitada pelos mais estranhos seres, cujo aspecto mais se assemelha a uma capa de disco de banda progressiva da década de 1970 e assim passa a conviver com os seres de Pandora.
Do outro lado há um outro militar, seu superior, muito parecido com um misto de Rambo com o boneco Max Stell, que deseja a todo custo conquistar as reservas minerais que são habitadas pelos nativos do planeta. Este faz uma proposta ao militar deficiente para trazer o maior número de informações sobre o local e acabar dessa maneira com os nativos. Nesse meio tempo o avatar do militar começa a envolver com os nativos e a ter o mesmo sentimento de amor à natureza, suas ligações com ela e o seu senso de preservação, o que faz ele a não ficar do lado dos terrestres.
Em meio a isso tudo, apesar da mesmice da trama onde o personagem tirano se redime e fica do lado dos oprimidos, o curioso é que por se tratar de um filme atual e futurista o velho problema que vemos acontecer durante toda a nossa história ainda acontece, como a invasão de territórios já habitados, o não respeito às diferenças, a intolerância e a não aceitação daqueles que são diferentes devido ao interesse de enriquecimento. Dessa vez ele é fora da Terra, provavelmente pelo fato de não mais haver onde explorar e a quem dominar, mas independente do local os acontecimentos são os mesmo; o massacre é o mesmo.
O que fez o roteirista e o diretor desse filme foi mudar de tempo algo que não é novidade, tirou o problema do passado e do presente e o mandou para o futuro e para um local distante. Quanto a mentira de que alguém pode pensar no outro e que os que são molestados podem inverterem o jogo foi mantida, talvez para mascarar essa tendência ambiciosa e preconceituosa, tão presente e característica no povo que realizou o filme.
Marcelo Augusto da Silva - 08/01/09
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