Há quem afirme que a estabilidade econômica
do país viabiliza a vinda de grandes shows internacionais ao Brasil, uma vez
que os empresários podem apostar na venda de ingressos. Essa teoria pode ser
confirmada com a grande frequência desses shows que tivemos nos últimos tempos;
só no ano passado tivemos o megasshow “The
Wall”, de Roger Waters; Robert Plant, Scorpions,
Marillion, Rick Wakeman, entre outros.
E esse ano certamente não será diferente.
Além do Festival Lollapalooza
no mês de março que trará grandes atrações, esperamos a confirmação do New Order para esse primeiro semestre, e
para a alegria dos fãs, no mês de abril a banda de rock gótico The Cure fará duas apresentações, sendo uma
em São Paulo no estádio do Morumbi no dia 06 de abril e a outra dois dias antes
no HSBC Arena no Rio de Janeiro. A banda volta ao Brasil depois de 17 anos; sua
última apresentação foi em 1996 no Hollywood Rock. A turnê desse ano faz parte
do projeto Live Music Rocks e o
conjunto deverá se apresentar em mais cinco países da América do Sul.
O grupo britânico The Cure teve seu surgimento no ano de 1976, mas seu grande sucesso
veio na década seguinte, período em que o estilo musical da banda se afirmou e
conquistou fãs por todo mundo. O Cure
é responsável pela preconização de um estilo do rock alternativo denominado
gótico, ou pós-punk, caracterizado por letras com temas obscuros e angustiantes,
vocais melódicos, que no caso da banda fica a cargo de Robert Smith - que além de
líder do grupo, também é diretor musical, compositor e produtor da banda desde
a sua formação - e o uso de guitarra, teclado e sintetizadores.
Responsáveis pela criação de álbuns clássicos
e memoráveis como o de estreia Three Imaginary Boys, de 1979, Pornography,
de 1982, The Head On The Door, de 1985, e
Disintegration, de 1989, e de canções de alto nível de música e letra
como Just Like Heaven, Close To Me,
Friday I'm in Love, Boys Don't Cry, Lovesong, Lullaby , e In Between Days, a
qual inclusive foi tema de novela, marcando uma fase mais comercial da banda, o
The Cure influenciou a geração gótica
e depressiva dos anos 80 e 90, a qual buscava nas letras e no som dos grupos
góticos um existencialismo e um sentido de vida o qual não encontravam dentro
da sociedade de consumo, vazia, materialista e superficial que emergiu naquela
década pós fim da Guerra Fria.
A venda de ingressos para o show de São Paulo
foi aberta nesse dia 18 no site Live Pass, e a quantidade disponibilizada foi
de 40 mil unidades para um estádio que tem a capacidade de receber até 70 mil
expectadores. Para os fãs do rock alternativo, e em especial do The Cure, resta aguardar o show, que de
acordo com próprio site da banda, vai ser inesquecível para os brasileiros,
além de que resta contar com o cumprimento da promessa de Robert Smith que
garantiu aos fãs que irá realizar uma apresentação de três horas. Vale a pena
esperar.
Marcelo augusto da Silva, 17 de fevereiro de 2013.
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