“Todo artista tem de ir aonde o povo está”
Bailes da vida – Milton Nascimento
É muito comum ouvir o rio-pardense se queixar da falta de opções de lazer ou da carência de eventos culturais em nossa cidade, o que não é um fato isolado, já que muitos municípios da região também sentem essa falha. Ausência de um programa direcionado, falta de atenção dos órgãos competentes ou uma característica de nossa terra; todas essas hipóteses podem servir de explicação para essa questão, que aparentemente teria uma fácil solução.
No entanto algo questionável ocorreu na sexta-feira dia 21, pois São José teve uma atração cultural de grande vulto e pouquíssimos ficaram sabendo.
Promovido pelo futuro prefeito de São José - que declaradamente disse através do apresentador do evento que o show em si já era parte integrante do dinamismo que ele havia prometido - João Luís Cunha usou o espaço público do Epidauro e trouxe para cantar de graça o conceituado cantor e compositor Zé Rodrix, que dividiu o palco com seu companheiro de composição Tavinho, outro grande nome da música brasileira.
Zé Rodrix integrou em 1966 o conjunto Momento 4uatro, com que se apresentou no III Festival de Música Brasileira da TV Record em 1967. No início dos anos 70 foi integrante do Som Imaginário, e continuou atuando como compositor. "Casa no Campo", música que abriu o espetáculo no Epidauro, é uma composição sua e de Tavito, que ganhou o festival de Juiz de Fora em 1971 e foi gravada com grande sucesso por Elis Regina. Atuou também ao lado de Sá e Guarabyra, trio que lançou o segmento rock rural, onde teve um CD gravado ao vivo recentemente. Integrou também o grupo pré-punk Joelho de Porco.
Mas fatalmente o descaso com o público ou má organização deixou a apresentação de um artista com um histórico musical desse nível passar em branco. As pouquíssimas pessoas presentes no local não sabiam quem iriam assistir, comprovando que o evento não teve a mínima divulgação. Dentre aqueles que ali estavam ouvia-se a pergunta sobre quem iria se apresentar passar de um para outro; logo voltou a resposta que seria Zé Rodrix . A notícia transmitida boa a boca dizia que o show estava marcado para as 20h00min., porém ela chegou quase 21h00min., ou seja, uma hora depois, e nada indicava que ele iria se iniciar. Lá pelas 21h30min. os poucos que ainda aguardavam se cansaram e foram deixando a arquibancada, fazendo com que ela ficasse ainda mais vazia. Às 21h40min. começa a chover e nada do espetáculo começar. Quase 22h00min. enfim o músico entra no palco e ele e seus acompanhantes tocam para praticamente ninguém.
Poucas são as vezes que as pessoas têm o privilégio de assistir um grande show como esse numa praça pública. Numa cidade onde há pouco a se freqüentar, quando algo acontece não é prestigiado É lamentável ver uma oportunidade dessa ser perdida por muitos. Creio que todos gostariam que isso não ocorresse novamente e que continue havendo outros eventos, melhor ainda se forem sem propósito político, para toda a população poder participar.
Bailes da vida – Milton Nascimento
É muito comum ouvir o rio-pardense se queixar da falta de opções de lazer ou da carência de eventos culturais em nossa cidade, o que não é um fato isolado, já que muitos municípios da região também sentem essa falha. Ausência de um programa direcionado, falta de atenção dos órgãos competentes ou uma característica de nossa terra; todas essas hipóteses podem servir de explicação para essa questão, que aparentemente teria uma fácil solução.
No entanto algo questionável ocorreu na sexta-feira dia 21, pois São José teve uma atração cultural de grande vulto e pouquíssimos ficaram sabendo.
Promovido pelo futuro prefeito de São José - que declaradamente disse através do apresentador do evento que o show em si já era parte integrante do dinamismo que ele havia prometido - João Luís Cunha usou o espaço público do Epidauro e trouxe para cantar de graça o conceituado cantor e compositor Zé Rodrix, que dividiu o palco com seu companheiro de composição Tavinho, outro grande nome da música brasileira.
Zé Rodrix integrou em 1966 o conjunto Momento 4uatro, com que se apresentou no III Festival de Música Brasileira da TV Record em 1967. No início dos anos 70 foi integrante do Som Imaginário, e continuou atuando como compositor. "Casa no Campo", música que abriu o espetáculo no Epidauro, é uma composição sua e de Tavito, que ganhou o festival de Juiz de Fora em 1971 e foi gravada com grande sucesso por Elis Regina. Atuou também ao lado de Sá e Guarabyra, trio que lançou o segmento rock rural, onde teve um CD gravado ao vivo recentemente. Integrou também o grupo pré-punk Joelho de Porco.
Mas fatalmente o descaso com o público ou má organização deixou a apresentação de um artista com um histórico musical desse nível passar em branco. As pouquíssimas pessoas presentes no local não sabiam quem iriam assistir, comprovando que o evento não teve a mínima divulgação. Dentre aqueles que ali estavam ouvia-se a pergunta sobre quem iria se apresentar passar de um para outro; logo voltou a resposta que seria Zé Rodrix . A notícia transmitida boa a boca dizia que o show estava marcado para as 20h00min., porém ela chegou quase 21h00min., ou seja, uma hora depois, e nada indicava que ele iria se iniciar. Lá pelas 21h30min. os poucos que ainda aguardavam se cansaram e foram deixando a arquibancada, fazendo com que ela ficasse ainda mais vazia. Às 21h40min. começa a chover e nada do espetáculo começar. Quase 22h00min. enfim o músico entra no palco e ele e seus acompanhantes tocam para praticamente ninguém.
Poucas são as vezes que as pessoas têm o privilégio de assistir um grande show como esse numa praça pública. Numa cidade onde há pouco a se freqüentar, quando algo acontece não é prestigiado É lamentável ver uma oportunidade dessa ser perdida por muitos. Creio que todos gostariam que isso não ocorresse novamente e que continue havendo outros eventos, melhor ainda se forem sem propósito político, para toda a população poder participar.
Marcelo Augusto da Silva - 28/11/08
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