A luta dos rebeldes na Líbia contra Kadafi e a dúvida dos países do ocidente e da ONU de intervirem no país contra o governo me fez repensar sobre esse assunto, resgatando um velho dilema e uma grande indagação.
O ocidente, ou então podemos dizer a maioria esmagadora mundial, apóia alguma iniciativa contra a ditadura Kadafi, a qual dispensa maiores explicações sobre o que ela representa para a Líbia e por que não dizer para o mundo. Dessa forma a formação de uma coalizão para lutar contra o tirano é mais do que lógica. Existe nela então uma justificativa que se baseia num pensamento racional que se norteia pela democracia e pela manutenção da não-violência sob todos os aspectos.
Mas se armar e entrar no jogo demente da violência nos torna menos desprezíveis que qualquer ditador, mesmo que essa decisão seja sobre a égide da paz, ou nos iguala à mesma condição execrável? Ou então seria justificável a intervenção e a violência quando utilizada para fins pacíficos? Contradições à parte, fica difícil ser parcial diante de uma questão dessas.
Para aqueles que nasceram, por exemplo, no fundamentalismo e cresceram sob uma educação cega e fanática suas atitudes estão em perfeita normalidade, mesmo que nela se inclua em pegar em armas contra outras pessoas ou matar centenas que estão reunidas. Sob a certeza de que “o que se pensa é o correto” já vimos muitas histórias de violência e chacinas aonde aqueles que a executam têm a plena convicção de estarem fazendo o que é certo, seja pelo próprio bem - o que é mais frequente - seja pelo “bem comum”, tal como ocorreu nas Cruzadas, na Expansão Islâmica, nas ditaduras militares (incluindo a brasileira), no capitalismo, no socialismo, no nazifascismo ou em tantos outros “ismos” que desejam a qualquer preço impor sua doutrina e seu pensamento.
Trocando em miúdos, todas as excrescências, do ponto de vista daqueles que as estavam comandando, tinham razões e motivos plausíveis para terem acontecido. Se nos posicionarmos um pouco de cada lado veremos que cada qual defende a si próprio ou a sua ideologia; para aqueles que estão do lado do bem geral, prevalece o pensamento de que tudo é admissível para manter a ordem, a paz e a justiça para todos. No entanto ao olharmos a situação a partir do ponto de vista do outro o mesmo tem a certeza, dentro de sua concepção, de que o que ele está fazendo é o melhor, embora essa “melhoria” (se é que esse nome é devidamente aplicado nesse caso) represente a vida de muitas pessoas e a supressão de valores e condições mínimas de sobrevivência.
Resta lembrar que nesse fogo cruzado deve imperar o bom senso que diz que quando se realiza uma ação para a preservação da igualdade, da justiça e acima de tudo da vida é que se está fazendo o certo. Dentro dessa visão a conclusão que eu tiro é que numa situação que se faz nessas circunstancias e sob esses valores, assumo posição e fico do lado daqueles que se levantaram e se levantarão contra quem insiste em impor uma opinião contrária a essa, assim como fizeram o Terceiro Estado na Revolução Francesa, a esquerda armada brasileira, as invasões de terras do MST, as mães da Praça de Maio, os bolcheviques, os sandinistas e os rebeldes da Líbia, só para citar alguns exemplos.
O ocidente, ou então podemos dizer a maioria esmagadora mundial, apóia alguma iniciativa contra a ditadura Kadafi, a qual dispensa maiores explicações sobre o que ela representa para a Líbia e por que não dizer para o mundo. Dessa forma a formação de uma coalizão para lutar contra o tirano é mais do que lógica. Existe nela então uma justificativa que se baseia num pensamento racional que se norteia pela democracia e pela manutenção da não-violência sob todos os aspectos.
Mas se armar e entrar no jogo demente da violência nos torna menos desprezíveis que qualquer ditador, mesmo que essa decisão seja sobre a égide da paz, ou nos iguala à mesma condição execrável? Ou então seria justificável a intervenção e a violência quando utilizada para fins pacíficos? Contradições à parte, fica difícil ser parcial diante de uma questão dessas.
Para aqueles que nasceram, por exemplo, no fundamentalismo e cresceram sob uma educação cega e fanática suas atitudes estão em perfeita normalidade, mesmo que nela se inclua em pegar em armas contra outras pessoas ou matar centenas que estão reunidas. Sob a certeza de que “o que se pensa é o correto” já vimos muitas histórias de violência e chacinas aonde aqueles que a executam têm a plena convicção de estarem fazendo o que é certo, seja pelo próprio bem - o que é mais frequente - seja pelo “bem comum”, tal como ocorreu nas Cruzadas, na Expansão Islâmica, nas ditaduras militares (incluindo a brasileira), no capitalismo, no socialismo, no nazifascismo ou em tantos outros “ismos” que desejam a qualquer preço impor sua doutrina e seu pensamento.
Trocando em miúdos, todas as excrescências, do ponto de vista daqueles que as estavam comandando, tinham razões e motivos plausíveis para terem acontecido. Se nos posicionarmos um pouco de cada lado veremos que cada qual defende a si próprio ou a sua ideologia; para aqueles que estão do lado do bem geral, prevalece o pensamento de que tudo é admissível para manter a ordem, a paz e a justiça para todos. No entanto ao olharmos a situação a partir do ponto de vista do outro o mesmo tem a certeza, dentro de sua concepção, de que o que ele está fazendo é o melhor, embora essa “melhoria” (se é que esse nome é devidamente aplicado nesse caso) represente a vida de muitas pessoas e a supressão de valores e condições mínimas de sobrevivência.
Resta lembrar que nesse fogo cruzado deve imperar o bom senso que diz que quando se realiza uma ação para a preservação da igualdade, da justiça e acima de tudo da vida é que se está fazendo o certo. Dentro dessa visão a conclusão que eu tiro é que numa situação que se faz nessas circunstancias e sob esses valores, assumo posição e fico do lado daqueles que se levantaram e se levantarão contra quem insiste em impor uma opinião contrária a essa, assim como fizeram o Terceiro Estado na Revolução Francesa, a esquerda armada brasileira, as invasões de terras do MST, as mães da Praça de Maio, os bolcheviques, os sandinistas e os rebeldes da Líbia, só para citar alguns exemplos.
Marcelo Augusto da Silva - 25/03/2011
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