No mês de outubro passado - pouquíssimas pessoas tinham o conhecimento - mas vencia o contrato de concessão de transmissão da Rede Globo, que de modo escuso, foi concedido em 1965, não por coincidência no início da ditadura militar. Sendo uma concessão a emissora não tem o direito de usar uma freqüência à revelia, tampouco transmitir o que bem entende e expressar suas posições, ficando o Estado brasileiro, que deveria ser soberano, o responsável por tal licença e por que não pela fiscalização de seu conteúdo.
Atualmente a televisão é um aparelho de comunicação que está presente em quase a totalidade dos lares brasileiros, e a maioria deles está sintonizado no monopólio da família Marinho. O que impressiona é que a emissora, de uma forma sutil e hipócrita, consegue controlar o comportamento das pessoas, ditar modas, e inclusive manipular o eleitorado e a política brasileira, como fez tantas vezes em que assumiu posições mais extremistas possíveis em defesa de interesses próprios e de uma elite minoritária e dominante, como foi o caso da eleição de Collor, seu impeachment, o apoio a FHC, entre outros.
Como acontece no Brasil acontece também em outros países, como é o caso da vizinha Venezuela, em que uma emissora dos mesmos moldes da Globo, a RCTV, mantinha um mesmo estilo da brasileira, com uma grade de programação que veiculava produções estrangeiras na sua maioria, programas recheados de vulgaridades e baixarias, atores sem o menor talento que se transformavam em multimilionários do dia para a noite e que serviam de modelo de vida para a camada pobre, a qual vivia sonhando em um dia atingir tal nível. Enfim um canal idêntico ao brasileiro que só desinformava e alienava. O mais grave na Venezuela é que a RCTV, apoiada pela direita do país, e pensando em manter privilégios e o seu império televisivo, tentou articular um golpe para cassar o mandato de Hugo Chávez, que de acordo com um plebiscito, foi escolhido como presidente.
Assim como um presidente é soberano e uma emissora tem apenas uma concessão, e não um direito de transmissão, o venezuelano não renovou o contrato da RCTV, uma vez que, como foi escancaradamente mostrado, mas não foi notado, uma emissora de televisão tem for finalidade entreter e informar, não controlar a política de um país, se colocando acima do Estado e querendo escolher ao seu interesse quem deva administrá-lo. Com todos os seu poderes concedidos pelo povo e dentro da Constituição de seu país, Chávez nada mais fez do que sua função que no caso poderia ou não renovar o contrato. Decidiu pela segunda opção, não permitindo assim que uma emissora controle o país, o que o fez a ser tachado de ditador. Seria então arbitrariedade um chefe de Estado manter sua nação soberana e não submissa a uma empresa.
Infelizmente essa é a situação de muitos países em que empresas estão acima de tudo e, entre elas, encontram-se as empresas do entretenimento, que se aproveitam da inocência e desinformação das pessoas e as manipulam para o seu enriquecimento.
Fica sem resposta a pergunta sobre até quando iremos ver uma emissora controlando o Brasil. Até o momento não há perspectivas em relação a esse assunto. Soma-se a isso o fato da inocência da população que torna o debate sobre o poder da emissora e a má qualidade de sua programação cada vez mais extenso.
Sendo assim se torna essencial lutar pela construção de algo que controle o que é divulgado pela mídia, pois não são todos, que num domingo a tarde, desligam o aparelho e procuram algo que lhe dê bem estar a sua família e a si próprio.
Marcelo Augusto da Silva - 30/11/07
Atualmente a televisão é um aparelho de comunicação que está presente em quase a totalidade dos lares brasileiros, e a maioria deles está sintonizado no monopólio da família Marinho. O que impressiona é que a emissora, de uma forma sutil e hipócrita, consegue controlar o comportamento das pessoas, ditar modas, e inclusive manipular o eleitorado e a política brasileira, como fez tantas vezes em que assumiu posições mais extremistas possíveis em defesa de interesses próprios e de uma elite minoritária e dominante, como foi o caso da eleição de Collor, seu impeachment, o apoio a FHC, entre outros.
Como acontece no Brasil acontece também em outros países, como é o caso da vizinha Venezuela, em que uma emissora dos mesmos moldes da Globo, a RCTV, mantinha um mesmo estilo da brasileira, com uma grade de programação que veiculava produções estrangeiras na sua maioria, programas recheados de vulgaridades e baixarias, atores sem o menor talento que se transformavam em multimilionários do dia para a noite e que serviam de modelo de vida para a camada pobre, a qual vivia sonhando em um dia atingir tal nível. Enfim um canal idêntico ao brasileiro que só desinformava e alienava. O mais grave na Venezuela é que a RCTV, apoiada pela direita do país, e pensando em manter privilégios e o seu império televisivo, tentou articular um golpe para cassar o mandato de Hugo Chávez, que de acordo com um plebiscito, foi escolhido como presidente.
Assim como um presidente é soberano e uma emissora tem apenas uma concessão, e não um direito de transmissão, o venezuelano não renovou o contrato da RCTV, uma vez que, como foi escancaradamente mostrado, mas não foi notado, uma emissora de televisão tem for finalidade entreter e informar, não controlar a política de um país, se colocando acima do Estado e querendo escolher ao seu interesse quem deva administrá-lo. Com todos os seu poderes concedidos pelo povo e dentro da Constituição de seu país, Chávez nada mais fez do que sua função que no caso poderia ou não renovar o contrato. Decidiu pela segunda opção, não permitindo assim que uma emissora controle o país, o que o fez a ser tachado de ditador. Seria então arbitrariedade um chefe de Estado manter sua nação soberana e não submissa a uma empresa.
Infelizmente essa é a situação de muitos países em que empresas estão acima de tudo e, entre elas, encontram-se as empresas do entretenimento, que se aproveitam da inocência e desinformação das pessoas e as manipulam para o seu enriquecimento.
Fica sem resposta a pergunta sobre até quando iremos ver uma emissora controlando o Brasil. Até o momento não há perspectivas em relação a esse assunto. Soma-se a isso o fato da inocência da população que torna o debate sobre o poder da emissora e a má qualidade de sua programação cada vez mais extenso.
Sendo assim se torna essencial lutar pela construção de algo que controle o que é divulgado pela mídia, pois não são todos, que num domingo a tarde, desligam o aparelho e procuram algo que lhe dê bem estar a sua família e a si próprio.
Marcelo Augusto da Silva - 30/11/07
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