Mais um feriado está fazendo parte do calendário de muitos municípios e, como de praxe, a atenção se restringe somente ao fato do dia ser de descanso e não para a importância da data. Trata-se do dia 20 de novembro, em que se celebra o Dia da Consciência Negra, cujo significado é encarar o negro como um elemento formador do país e de seu povo, dotado de cultura e inserido em nossa sociedade.
Após séculos de escravidão, o Brasil o tardou a abolir o sistema e, da forma em que foi realizada, a abolição objetivava questões econômicas e não valores humanitários, ou seja, pensou no financeiro e não no sofrimento de um povo.
Assim, depois de liberto o negro passou a vagar pelo país afora, sofrendo a mesma humilhação e com um sério agravante, pois não tinha onde trabalhar, uma vez que em seu lugar havia um assalariado, tornando sua vida ainda pior, já que estava desprovido até de condições de se alimentar.
A abolição marcou então uma nova fase na vida do negro, cuja trajetória sempre foi marcada pelo preconceito sofrido, desvalorização e desprezo, nunca sendo respeitado como ser humano. Somado ao pensamento racista, preconceituoso e discriminatório o negro, sem nenhuma outra possibilidade, começou a habitar as periferias da cidade, e a se sujeitar a fazer qualquer atividade para garantir seu sustento. Não é de estranhar que hoje os negros sintam dificuldades em se encaixarem no mercado de trabalho e que haja a necessidade de cotas de vagas nas universidades para negros. A sociedade brasileira os colocou nessa condição e não se preocupou em nenhuma ocasião em deixar a mentalidade colonial.
Mas, felizmente as coisas se transformam, e nem sempre para pior. O comportamento das sociedades, mesmo que timidamente, vêm se alterando e o negro, com toda a dificuldade, vem conquistando seu espaço e seu respeito. Porém não podemos pensá-lo somente em uma data, devemos fazer isso todos os dias, todos os momentos. Do contrário ele é lembrado em um dia e esquecido os 364 restantes.
Feriado é importante, mas não é o suficiente. É apenas o início de uma mudança que deve ser grandiosa. É necessário reconhecer o negro em todos os aspectos, principalmente como um ser humano. É necessário mudanças no pensamento das pessoas, onde essas não fiquem presas ao pensamento do passado, onde não se julgue pela aparência ou pelas diferenças físicas.
Marcelo Augusto da Silva - 20/11/07
Após séculos de escravidão, o Brasil o tardou a abolir o sistema e, da forma em que foi realizada, a abolição objetivava questões econômicas e não valores humanitários, ou seja, pensou no financeiro e não no sofrimento de um povo.
Assim, depois de liberto o negro passou a vagar pelo país afora, sofrendo a mesma humilhação e com um sério agravante, pois não tinha onde trabalhar, uma vez que em seu lugar havia um assalariado, tornando sua vida ainda pior, já que estava desprovido até de condições de se alimentar.
A abolição marcou então uma nova fase na vida do negro, cuja trajetória sempre foi marcada pelo preconceito sofrido, desvalorização e desprezo, nunca sendo respeitado como ser humano. Somado ao pensamento racista, preconceituoso e discriminatório o negro, sem nenhuma outra possibilidade, começou a habitar as periferias da cidade, e a se sujeitar a fazer qualquer atividade para garantir seu sustento. Não é de estranhar que hoje os negros sintam dificuldades em se encaixarem no mercado de trabalho e que haja a necessidade de cotas de vagas nas universidades para negros. A sociedade brasileira os colocou nessa condição e não se preocupou em nenhuma ocasião em deixar a mentalidade colonial.
Mas, felizmente as coisas se transformam, e nem sempre para pior. O comportamento das sociedades, mesmo que timidamente, vêm se alterando e o negro, com toda a dificuldade, vem conquistando seu espaço e seu respeito. Porém não podemos pensá-lo somente em uma data, devemos fazer isso todos os dias, todos os momentos. Do contrário ele é lembrado em um dia e esquecido os 364 restantes.
Feriado é importante, mas não é o suficiente. É apenas o início de uma mudança que deve ser grandiosa. É necessário reconhecer o negro em todos os aspectos, principalmente como um ser humano. É necessário mudanças no pensamento das pessoas, onde essas não fiquem presas ao pensamento do passado, onde não se julgue pela aparência ou pelas diferenças físicas.
Marcelo Augusto da Silva - 20/11/07
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