No dia 1° de maio comemora-se o Dia Mundial do Trabalho. O feriado tem o significado de relembrar e homenagear a classe trabalhadora e a sua luta diária. A data é celebrada em diversas partes do mundo, algumas com protestos e manifestações contra as más condições de trabalho; outras com festas e shows, assim como é no Brasil, em que os sindicatos organizam esse tipo de evento fazendo com que o trabalhador de divirta nesse dia e não reflita nem questione sua situação. Mas quando surgiu o Dia do Trabalho?
Depois de mais de 100 anos da Revolução Industrial (processo em que houve o emprego de máquinas na produção de mercadorias) o proletariado, ou seja, a classe trabalhadora ainda estava desorganizada, fato que contribuía com os patrões para explorarem ainda mais os seus empregados, pagando-lhes salários irrisórios com longas jornadas de trabalho e sem as mínimas condições de saúde ou segurança. No entanto, com o passar do tempo, a classe operária começa a se articular e a exigir seus direitos, o que conduz os países europeus como a Inglaterra (a precursora da Revolução Industrial), França e Alemanha a reconhecerem vários direitos trabalhistas, processo que não ocorria nos Estados Unidos.
A intransigência dos industriais estadunidense leva o proletariado a promover vários protestos e greves pelo país com o intuito de conquistarem seus direitos. No dia 1º de maio de 1886 acontece em Chicago - o principal centro industrial dos EUA naquela época - uma greve geral em que houve um confronto entre manifestantes e a polícia resultando na explosão de uma bomba que deixou quatro manifestantes e três policiais mortos. Oito líderes do movimento foram presos, sete condenados à morte e um à prisão perpétua. Em 1889 um Congresso Socialista em Paris escolheu a data em homenagem a estes trabalhadores, institucionalizando assim o Dia Mundial do Trabalho.
Hoje passado mais de 250 anos da Revolução Industrial e mais de 120 anos desse episódio nos EUA a relação entre patrão e empregado teve uma significativa melhoria. No entanto a baixa oferta de empregos da atualidade faz que muitos trabalhadores abram mão de seus direitos para preservarem-se no trabalho, condição que é ainda mais desfavorável em países como Filipinas, Vietnã, Indonésia, Tailândia, que se industrializaram como o capital estrangeiro, uma vez que grandes empresas multinacionais e transnacionais se instalaram nessas regiões, pois são considerados como áreas “economicamente viáveis”, já que o desemprego é para elas a condição favorável para se conseguir maior lucratividade, livrando-se do pagamento de direitos ou indenizações trabalhistas. Em alguns desses países o salário mínimo não chega a 1,80 dólar por dia; as jornadas de trabalho são de 15 a 16 horas por dia; mulheres são separadas de suas famílias e obrigadas a viverem em alojamentos tornado-se escravas virtuais, proibidas de deixarem as instalações das fábricas sem um passe especial; adolescentes trabalham sem nenhuma garantia ou amparo da lei; e os sindicatos sequer existem nesses países.
Do século XIX até os nossos dias muita coisa melhorou em relação às condições de trabalho, mas não a ponto de se comemorar uma grande vitória, ainda há muito a ser feito a favor da classe proletária.
Marcelo Augusto da Silva - 02/05/08
Depois de mais de 100 anos da Revolução Industrial (processo em que houve o emprego de máquinas na produção de mercadorias) o proletariado, ou seja, a classe trabalhadora ainda estava desorganizada, fato que contribuía com os patrões para explorarem ainda mais os seus empregados, pagando-lhes salários irrisórios com longas jornadas de trabalho e sem as mínimas condições de saúde ou segurança. No entanto, com o passar do tempo, a classe operária começa a se articular e a exigir seus direitos, o que conduz os países europeus como a Inglaterra (a precursora da Revolução Industrial), França e Alemanha a reconhecerem vários direitos trabalhistas, processo que não ocorria nos Estados Unidos.
A intransigência dos industriais estadunidense leva o proletariado a promover vários protestos e greves pelo país com o intuito de conquistarem seus direitos. No dia 1º de maio de 1886 acontece em Chicago - o principal centro industrial dos EUA naquela época - uma greve geral em que houve um confronto entre manifestantes e a polícia resultando na explosão de uma bomba que deixou quatro manifestantes e três policiais mortos. Oito líderes do movimento foram presos, sete condenados à morte e um à prisão perpétua. Em 1889 um Congresso Socialista em Paris escolheu a data em homenagem a estes trabalhadores, institucionalizando assim o Dia Mundial do Trabalho.
Hoje passado mais de 250 anos da Revolução Industrial e mais de 120 anos desse episódio nos EUA a relação entre patrão e empregado teve uma significativa melhoria. No entanto a baixa oferta de empregos da atualidade faz que muitos trabalhadores abram mão de seus direitos para preservarem-se no trabalho, condição que é ainda mais desfavorável em países como Filipinas, Vietnã, Indonésia, Tailândia, que se industrializaram como o capital estrangeiro, uma vez que grandes empresas multinacionais e transnacionais se instalaram nessas regiões, pois são considerados como áreas “economicamente viáveis”, já que o desemprego é para elas a condição favorável para se conseguir maior lucratividade, livrando-se do pagamento de direitos ou indenizações trabalhistas. Em alguns desses países o salário mínimo não chega a 1,80 dólar por dia; as jornadas de trabalho são de 15 a 16 horas por dia; mulheres são separadas de suas famílias e obrigadas a viverem em alojamentos tornado-se escravas virtuais, proibidas de deixarem as instalações das fábricas sem um passe especial; adolescentes trabalham sem nenhuma garantia ou amparo da lei; e os sindicatos sequer existem nesses países.
Do século XIX até os nossos dias muita coisa melhorou em relação às condições de trabalho, mas não a ponto de se comemorar uma grande vitória, ainda há muito a ser feito a favor da classe proletária.
Marcelo Augusto da Silva - 02/05/08
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