Depois de 49 anos no poder, Fidel Castro renunciou ao governo de Cuba no qual Raúl Castro, seu irmão, foi nomeado como presidente interino.
Alguns anos após a Revolução Cubana de 1959 em que Fidel toma o poder e expulsa Fulgêncio Batista - um governante corrupto e violento aliado aos EUA e que juntos tornam o país num cassino e num bordel mantido para exploração e divertimento de pessoas e grupos capitalistas estadunidenses – é implantado pelo líder revolucionário o modelo econômico socialista no país, alinhado à extinta União Soviética, que no período era uma grande potência bélica e econômica.
O fato da implantação do socialismo resultou numa paranóia na vida dos países capitalistas americanos, e até de outras localizações, que viam em Cuba um modelo a ser seguido por outros países do mesmo continente. Os EUA começaram a agir logo em seguida, manipulando meios de sufocar a Revolução Cubana, decretando um embargo econômico ao país, que dura até hoje, e iniciando o apoio a golpes militares em vários países da América do Sul, inclusive o Brasil.
Passados vários anos, o antagonismo e a rivalidade entre capitalismo e socialismo se findam com a queda do Muro de Berlim, e a posterior abertura econômica soviética juntamente com sua transição para o capitalismo. Mesmo diante desse quadro de insegurança e incerteza Cuba continua adotando o socialismo e, que apesar das contradições e dos boicotes de seus opositores, mantém hoje o país com um extraordinário IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), pois apresenta um dos menores níveis de analfabetismo, mortalidade infantil e maiores índices de expectativa de vida, provando que a ilha é um exemplo de autonomia e qualidade de vida frente à dominação capitalista, mostrando também que o socialismo é uma sistema econômico que pode dar certo.
Mesmo com uma política de embargo econômico e várias dificuldades enfrentadas pelo país, inclusive a forte oposição, Fidel continuou com a sua Revolução, apesar de adotar critérios não muito convencionais, justos e aceitáveis como censura, expurgos e execuções.
Se “toda revolução leva a uma ditadura”, Cuba representa uma expressão viva desse pensamento, que se justifica na necessidade de haver um rigor interno para que a mesma se mantenha, e nem que haja interferências externas e oposicionistas que venham a minar o seu ideal.
Agora como o afastamento de Fidel a situação continua imprevisível no país, a começar pela substituição definitiva do governo, e a difícil execução desse cargo, já que há dúvidas se Raúl Castro terá a mesma eficiência que Fidel tinha no comando e também se não é uma oportunidade de outros grupos ou mesmo de outros países interferiem no processo e acabar com um dos poucos paises que adotam o sistema socialista no mundo.
Muitos viam na debilitação de Fidel um momento de vê-lo longe do governo; outros temiam por esse dia pois pode ser o fim da Revolução. Até agora, pelo que se sabe, tudo permanece incerto como sempre esteve. Somente o futuro é certo, ou seja, não se sabe o que ele reserva.
Marcelo Augusto da Silva - 15/03/08
Alguns anos após a Revolução Cubana de 1959 em que Fidel toma o poder e expulsa Fulgêncio Batista - um governante corrupto e violento aliado aos EUA e que juntos tornam o país num cassino e num bordel mantido para exploração e divertimento de pessoas e grupos capitalistas estadunidenses – é implantado pelo líder revolucionário o modelo econômico socialista no país, alinhado à extinta União Soviética, que no período era uma grande potência bélica e econômica.
O fato da implantação do socialismo resultou numa paranóia na vida dos países capitalistas americanos, e até de outras localizações, que viam em Cuba um modelo a ser seguido por outros países do mesmo continente. Os EUA começaram a agir logo em seguida, manipulando meios de sufocar a Revolução Cubana, decretando um embargo econômico ao país, que dura até hoje, e iniciando o apoio a golpes militares em vários países da América do Sul, inclusive o Brasil.
Passados vários anos, o antagonismo e a rivalidade entre capitalismo e socialismo se findam com a queda do Muro de Berlim, e a posterior abertura econômica soviética juntamente com sua transição para o capitalismo. Mesmo diante desse quadro de insegurança e incerteza Cuba continua adotando o socialismo e, que apesar das contradições e dos boicotes de seus opositores, mantém hoje o país com um extraordinário IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), pois apresenta um dos menores níveis de analfabetismo, mortalidade infantil e maiores índices de expectativa de vida, provando que a ilha é um exemplo de autonomia e qualidade de vida frente à dominação capitalista, mostrando também que o socialismo é uma sistema econômico que pode dar certo.
Mesmo com uma política de embargo econômico e várias dificuldades enfrentadas pelo país, inclusive a forte oposição, Fidel continuou com a sua Revolução, apesar de adotar critérios não muito convencionais, justos e aceitáveis como censura, expurgos e execuções.
Se “toda revolução leva a uma ditadura”, Cuba representa uma expressão viva desse pensamento, que se justifica na necessidade de haver um rigor interno para que a mesma se mantenha, e nem que haja interferências externas e oposicionistas que venham a minar o seu ideal.
Agora como o afastamento de Fidel a situação continua imprevisível no país, a começar pela substituição definitiva do governo, e a difícil execução desse cargo, já que há dúvidas se Raúl Castro terá a mesma eficiência que Fidel tinha no comando e também se não é uma oportunidade de outros grupos ou mesmo de outros países interferiem no processo e acabar com um dos poucos paises que adotam o sistema socialista no mundo.
Muitos viam na debilitação de Fidel um momento de vê-lo longe do governo; outros temiam por esse dia pois pode ser o fim da Revolução. Até agora, pelo que se sabe, tudo permanece incerto como sempre esteve. Somente o futuro é certo, ou seja, não se sabe o que ele reserva.
Marcelo Augusto da Silva - 15/03/08
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