sexta-feira, 6 de junho de 2008

Os filhos do acaso

Quem observa a juventude e a infância de hoje fatalmente depara-se com a amarga constatação de que uma grande parte dela enfrenta, além do descaso familiar, a falta de perspectiva futura.
Frutos das revoluções comportamentais e de transformações de décadas passadas, um contingente enorme padece desse mal atualmente.
A juventude que outrora vivia sufocada, castrada e aprisionada, conseguiu enfim romper com conceitos e padrões de comportamento que até então a colocavam nessa condição. Na efervescência cultural e revolucionária dos anos 60, a juventude, como numa explosão, mostrou-se e conquistou sua liberdade, que naturalmente, era um direito seu.
Porém nem tudo foram flores naqueles anos. A liberalização sexual, contudo cobra um enorme preço daqueles que nada tem a ver com a questão.
A própria imaturidade, displicência e inconseqüência dos jovens, faz que com eles procurem viver todas as emoções de uma vez só, lançando-se completamente ao mundo, transformando-se num receptáculo de novas experiências. Essa leviandade, portanto, lamentavelmente atua na vida sexual liberalizada, colocando no mundo seres inocentes.
O resultado são crianças que crescem sem um amparo familiar, sem um exemplo de comportamento, sem alguém que os guie. Ingênuos de seu próprio destino caminham solitários, desolados, desorientados. Não sonham nem esperam nada, apenas sobrevivem.
Quem dera os atos não tivessem conseqüências. Se assim fosse, muitos problemas não estariam acontecendo e muitas crianças estariam vivendo de uma outra forma.
Marcelo Augusto da Silva - 27/07/07

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